Pela primeira vez, o Dia de Sobrecarga da Terra foi marcado no primeiro dia de agosto. A cada ano que passa, esgotamos os recursos naturais do planeta mais rapidamente. Atualmente, a humanidade consome 70% a mais do que os recursos que a natureza pode renovar anualmente.
Este ano, o Dia de Sobrecarga da Terra ocorreu em 1º de agosto, um dia mais cedo do que no ano passado, indicando que ultrapassamos os limites anuais dos recursos do planeta em apenas sete meses.
A partir de agora, estamos utilizando recursos que deveriam ser reservados para 2025. Estes recursos não são regenerados pela Terra na velocidade necessária para acompanhar o consumo humano, o que leva a danos permanentes nos ecossistemas. A humanidade está utilizando o equivalente a 1,7 planetas, consumindo 70% a mais do que o planeta pode oferecer anualmente.
Duas décadas atrás, o Dia de Sobrecarga da Terra caía em setembro. Desde 2005, passamos a exceder os limites anuais em agosto. Nos últimos oito anos, o Dia de Sobrecarga foi registrado sete vezes na primeira semana de agosto, e agora estamos mais próximos de que ocorra em julho.
Lewis Akenji, diretor da Global Footprint Network, a organização responsável pelo cálculo do Dia de Sobrecarga da Terra, destacou que “A sobrecarga vai acabar. A questão é como: por desígnio ou desastre.” Ele apela para que governos e empresas alterem urgentemente os sistemas econômicos globais.
Dados da Global Footprint Network mostram que Portugal esgotou seus próprios recursos anuais em 28 de maio. Se todos no mundo vivessem como os portugueses, precisaríamos de 2,9 planetas para sustentar esses padrões de consumo.
O primeiro país a esgotar seus recursos este ano foi o Catar, em 11 de fevereiro, seguido por Luxemburgo em 20 de fevereiro. A previsão é que os últimos países a esgotar seus recursos sejam Equador e Indonésia, em 24 de novembro.
